Andei
pensando em toda aquela importância de se saber compreender. Duvidei de como
seria adormecer em dias chuvosos com ventanias serenas causadas pela diversão
natural. Ficava sentado e me custava às horas naquela janela gelada. O violão
ficara exausto por conta de sua velhice. Na verdade, já fazia algum tempo desde
que tinha ficado surdo.
A
vizinhança era atenta. O pessoal da rua vivia mantendo os olhares em mentes que
não eram suas. Eu não me importava com o que a maioria amava. Me sentia quieto,
apesar de nunca ter sido. Essa estranhes me causava pânico. Nada estava
acorrentado, e muito pelo contrário, fazia sentido até. O final de tarde trazia
sempre presentes. A vida moldava as regras do jogo.
Era
monótono. Há séculos nada se movia. Os anos passaram e não existia
instabilidade. Era incrível tais capacidades. Me sentei novamente naquele
mármore branco, gelado. Sentia muita dor de cabeça e estava estressado. Não era
um bom dia para conversas, e muito menos para turbulências. Começava a chover e
as gotas pingavam nos meus pés sujos de lama. “Só mais uma noite.” – pensei.
Não
sabia a fonte do erro e muito menos os desejos. Essa era a mente da qual eu
tinha afeição, e que por sinal, mantinha distância em curtos intervalos de
tempo. Ela não sabia, ou, se fazia. Não gostava de incômodos. Era muita baboseira
pra uma noite só. Meus olhos cansados e falidos observavam o céu e o telhado
antigo das casas. O céu cinzento de outono não cooperava, e muito menos lembrar
da palidez de tuas palavras.
(Matheus Carneiro)
Oii, Matheus!
ResponderExcluirAh, nem preciso dizer que eu adorei esse texto né? rs. Já disse várias vezes, mas você tem um talento único! *-*
Beijos!